1- Os índices de sinistralidade continuarem a ser preocupantes
Em 2017, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estimou que existiram cerca de:
2- A evolução pouco significativa em matéria de segurança nas empresas
Nos 25 anos de experiência da Qualiseg observou-se que não existe uma evolução significativa em matéria de segurança nas empresas onde a equipa tem prestado serviços de SST.
O mesmo é válido para muitas outras empresas. Basta que se observem os índices de sinistralidade nacionais e internacionais relativos aos acidentes de trabalho.
Nos últimos tempos verificou-se uma tendência geral para a diminuição dos acidentes de trabalho mortais. Contudo, os não-mortais, menos graves mas bastante mais frequentes, apresentam uma tendência estável. Tendência essa que se faz acompanhar de um ligeiro aumento nos últimos anos, conforme ilustram os dados divulgados pelo PorData.
3- A oportunidade promovida pelo Programa INTERFACE
O programa tinha como objetivo promover a ligação entre empresas e instituições do ensino superior para:
Neste contexto criou-se a ferramenta SSP (Safety Score Permit ou Carta de Segurança Industrial por Pontos). O sistema que pretende contrariar a tendência de estagnação do passado recente, orientando a segurança para reduzir os acidentes de trabalho de forma sustentada.
Para desenvolver a ferramenta foi necessário equacionar abordagens mais ajustadas à realidade do mercado laboral e alinhadas com o pensamento da sociedade.
Para desenvolver o modelo conceptual foram usadas as seguintes abordagens:
Segurança por Pontos SSP assenta em três conceitos base:
Juntos, estes fundamentos permitem a avaliação direta dos comportamentos, recorrendo à metodologia BBS (behaviour based safety) e os requisitos de implementação da ISO 45001 (Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacionais).
O Modelo ABC, base do BBS, é também uma das bases da nossa solução.
Para implementar uma cultura de Segurança consistente e sustentável é necessário desenvolver estratégias que criem e sustentem uma cultura robusta. Para tal, é necessário identificar as debilidades existentes, pois a sua identificação permite:
Por todas estas razões, o sistema SSP baseia-se na identificação e análise de atos inseguros e respetiva classificação. Processo que permite a medição do desempenho individual e coletivo dos colaboradores, em toda a extensão hierárquica.
A identificação e classificação dos atos inseguros é feita através de um processo de observação de comportamentos em segurança. Processo que, além de identificar os atos inseguros, permite classificá-los como erros ou violações consoante a gravidade.
O SSP pressupõe a atribuição de um cartão virtual com 12 pontos, num máximo de 20 atingíveis. O cartão é entregue a todos os trabalhadores da organização, independentemente da função e cargo ocupados.
Existem duas tipologias de pontos, consoante o tipo de comportamentos observados:
Dentro das penalizações, os atos inseguros são classificados como erros ou violações, conforme ilustrado na figura 9. Todos os desvios são tratadas. Este tipo de atos suportam os dados e evidenciam as fragilidades dos sistemas e práticas existentes nas organizações. Contudo, apenas as violações são alvo de penalização. Esta abordagem desempenha um importante papel na melhoria da perceção de risco uma vez que:
A ferramenta encontra-se suportada por uma aplicação TI que permite:
Para agrupar e identificar os atos com principais desvios, as penalizações são organizadas em classes e subclasses. Podendo as últimas adequar-se ao tipo de processos, requisitos e nível do risco existentes nas organizações. De forma a permitir a adequação à realidade de cada empresa, as subclasses serão definidas para cada caso, de acordo com a especificidade existente em cada empresa.
O número de pontos a subtrair depende da gravidade associada ao tipo de infração observada. Existem 3 níveis de gravidade: leve, grave e muito grave.
Complementarmente, o sistema tem ainda associada uma árvore de decisão. Recurso que ajuda a classificar infrações como erros ou violações e a atribuir responsabilidades. Podendo estas pertencer tanto ao trabalhador como a outras hierarquias, caso se verifique influência ou permissividade nas práticas observadas.
A implementação piloto do SSP em empresas de grande e média dimensão comprovou que o sistema:
O SSP é gerido numa plataforma tecnológica digital capaz de monitorizar o desempenho em matéria de SST. Esta solução possibilita a medição de desempenho individual e coletivo e permite às empresas, ter uma visão (global e/ou particular) do desempenho em Segurança.
A ferramenta SSP, como sistema de acompanhamento e medição de desempenho individual e coletivo, representa um sistema de suporte. Apoia na identificação dos principais desvios e debilidades do sistema, estimulando a participação ativa dos trabalhadores.
Vantagens da Carta de Segurança por Pontos:
A ferramenta SSP (Safety Score Permit) foi reconhecida como o melhor produto/serviço no 63º Congresso Europeu de Qualidade, em Outubro de 2019.
O projeto ganhou destaque pelo cariz inovador e incentivo a um trabalho mais seguro e focado em comportamentos. Um modelo que visa diminuir a sinistralidade de forma sustentada e atingir ZERO incidentes.
No dia 11 de outubro de 2020, foi promovido um evento de apresentação da ferramenta SSP, com a colaboração da APQ, onde o projeto mereceu críticas positivas. Entre elas destacam-se a apreciação feita por parte da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT). De acordo com os presentes, o SSP superou as expectativas e mostrou ser uma ferramenta promissora. Surgiram também manifestações de interesse na sua implementação.
A ferramenta de TI SSP permite a introdução de informação em tempo real e possibilidades de acompanhamento em tempo real. Este acompanhamento pode ser feito quer por parte dos trabalhadores, quer por parte dos gestores/equipa SST, dependendo das permissões de administração que forem concedidas.
De seguida apresentam-se alguns menus de visualização:
A- Visualização por parte de cada trabalhador:
Permite observar todo o seu processo - número de pontos, dias sem cometer infrações, sugestões e, caso já tenha tido, algum tipo de sanção. Permite ainda ver o tipo de infração cometida, descrição e gravidade associada.
Na mesma página existe também informação relativa ao ganho de pontos por sugestões e/ou outras que sejam definidas e, qual em que ponto se encontram (validadas vs em avaliação).
B- Visualização por parte da Gestão
Por parte da gestão é possível a visualização por trabalhador, de todos os trabalhadores ou de grupos específicos de trabalhadores, consoante o nível de permissão que exista para consulta e gestão de informação.
Podendo aceder a todos os processos e permitindo também ver o número de informação por classe. Da mesma forma, tem acesso à parte das sugestões e/ou outras iniciativas que confiram pontos e permitam saber em que ponto se encontram os processos. Nota: Os exemplos acima apresentados representam alguns dos exemplos de visualização que o sistema de IT comporta.
O que necessito para implementar a SSP na minha organização?
Para tirar o máximo proveito da ferramenta, deve haver um processo de observações comportamentais - atos seguros e inseguros implementados. Para tal, é necessário formar um grupo de observadores, de preferência utilizando a metodologia BBS. Esta ação tornará possível identificar as causas profundas e investigar as responsabilidades, caso se constate que se trata de infrações. Seremos capazes de o ajudar neste processo.
Que tipo de bónus/prazeres obtém quando atinge a pontuação máxima (20 pontos)?
Os bónus e o processo de pontuação serão alinhados com as políticas de recursos humanos e o sistema SST em vigor na organização. No que diz respeito ao prémio, a ideia é recompensar os trabalhadores de uma forma não monetária. A começar, por exemplo, pela sua distinção em termos de canais de comunicação como boletins informativos. Outro exemplo seria o anúncio de trabalhadores que atinjam o nível de excelência. Depois, complementar esta distinção com iniciativas tais como: um jantar com o CEO, um fim-de-semana pago ou dinâmicas de grupo no estrangeiro. O tipo de subsídio aplicado dependerá do que é valorizado pelos trabalhadores e das possibilidades em cada caso.
Haverá consequências quando se atinge 0 pontos? Quais?
O estabelecimento das consequências será alinhado com as políticas e processos de recursos humanos em vigor. A ideia é que existe um processo de reflexão, tal como a dispensa de um dia com reunião de reintegração e análise com plano de ação. Esta análise examina as motivações para fazer com segurança, bem como o que o trabalhador faz para realizar melhor o seu trabalho, de uma forma segura. Depois disso, pode fornecer um segundo cartão, reintegrando e seguindo o processo normal de avaliação. Se o trabalhador atingir novamente os 0 pontos, pode haver um processo de despedimento, ou outros de natureza diferente.
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Estamos disponíveis para esclarecimentos adicionais e lhe apresentar a ferramenta mais detalhadamente.
Faremos o nosso melhor para atender prontamente o seu pedido.